Categoria: Tecnologia

Feedly anuncia parceria com diversos aplicativos de RSS

RIO DE JANEIRO (Da Redação), 5 de junho – Falta menos de um mês para o Google Reader fechar as portas de vez, o que significa que quem ainda utiliza o serviço já deve buscar alternativas. O concorrente Feedly, que nos últimos meses tem crescido como um dos principais leitores, reforçou ainda mais sua posição ao anunciar aliança com diversos aplicativos de RSS.

Em comunicado oficial, o Feedly informou que tem conversado com os desenvolvedores das aplicações gReader, Newsify, Nextgen Reader, Press e Reeder. Alguns desses aplicativos utilizavam o Google Reader como base, e a nova aliança com o Feedly garante a sobrevivência.

Atualmente, o Reeder, que antes era baseado no Google Reader, agora já oferece suporte ao leitor Feedbin, um terceiro concorrente. Um comunicado oficial já adiantou que a nova versão do Reeder suportará também outros leitores, e o Feedly provavelmente estará nessa leva. O Newsify e o Press também informaram que farão atualizações para suportar novos leitores de RSS.

O Feedly está disponível nas plataformas Android, iOS, Firefox, Google Chrome e Safari. Em breve, o leitor terá versões para Opera, BlackBerry e Windows 8.

AFP é acusada de infringir copyright no uso de fotos do Twitter

RIO DE JANEIRO (Da Redação), 16 de janeiro – Um juiz considerou que a agência de notícias France-Presse (AFP) e o The Washington Post utilizaram de forma inapropriada imagens que um fotojornalista postou no Twitter. Segundo o juiz Alison Nathan, de Nova York, as duas empresas noticiosas infringiram os direitos autorais do fotógrafo Daniel Morel ao usarem fotos que ele tirou dos estragos causados pelo terremoto que ocorreu no Haiti em janeiro de 2010. A informação é da agência de notícias Reuters.

A AFP argumentou que os termos de serviço do Twitter concedem a ela o direito de usar as fotos de Morel. O juiz, no entanto, disse que embora os termos de serviços permitam a repostagem e retransmissão das imagens dos usuários em determinadas circunstâncias (como no caso de retweets), o serviço não concede uma licença para uso comercial.

O caso tem atraído grande interesse porque é um dos primeiros a abordar como as imagens que os usuários tornam disponíveis para o público a partir das mídias sociais podem ser utilizadas por terceiros para fins comerciais.

Em dezembro, o site de compartilhamento de fotos Instagram, comprado no ano passado pelo Facebook, gerou polêmica ao atualizar seus termos de serviço. O texto dava a entender que o Instagram poderia vir a vender algumas das imagens postadas pelos usuários sem a permissão destes. Posteriormente, o serviço anunciou que faria uma revisão dos termos. JW.

A Copa do Mundo e os limites da Web

Reportagem publicada no JB de 17/06/2002 nos conta que a audiência dos portais e sites esportivos subiu muito em junho. Claro, a Copa do Mundo está aí pra isso mesmo. Mas uma coisa é certa: se muita gente procura a Internet, é porque ela está oferecendo algo muito bom. E é verdade.

Acredito que não apenas o fuso horário e a exclusividade da Globo tenham feito as pessoas se voltarem mais à Web nesse Mundial – até porque a constatação é global, e nos outros países, principalmente os europeus, os horários das partidas são menos exóticos. Um diferencial também é a informação que está sendo veiculada.

Vejam bem: narrações ao vivo dos jogos (incluindo utilização de áudio, no caso do iG); animações de jogadas e de golaços; dados estatísticos que transformam os sites em verdadeiras enciclopédias; curiosidades e perfis de jogadores e árbitros; fotos que traduzem partidas de 90 minutos a um único e infinitesimal instante (o que dizer de Zidane no chão, com a cara na grama, parecendo ter batido contra um muro dinamarquês e, por isso, ido à lona?)

Um show de informações, completas e atualizadas. Isso é jornalismo.

Um show de informações, veiculadas sob a forma de todas as mídias possíveis – áudio, vídeo, texto, imagens. Isso é internet.

Nem tudo são flores, claro. Sim, há erros, enganos, falhas, pecados. Por exemplo, alguns sites exageram nas imagens e, por isso, demoram a ser carregados.

Porém, a Copa e sua cobertura via internet está sendo uma aula de webjornalismo. Está ocorrendo uma intensa exploração dos recursos que a Web nos oferece. Em conseqüência, temos, por um lado, ótimas novidades e formas de comunicação, e de outro lado, vários erros recorrentes.

As falhas são o preço da ousadia. Espero, sinceramente, que a Copa explore ao máximo os limites da internet. Teremos, assim, consciência do que ainda podemos fazer e, também, do que não devemos fazer quando o assunto é jornalismo na Web.